Quando entramos em contato no ano passado com a Kátia Baiana, de Sorocaba, para produzir o Acarajé Burger, a ideia era fazer uma experiência culinária unindo dois pratos tão distintos.
Era o boom do Ramen Burger, muita gente estava empolgada e outros horrorizados com a repercussão do burger novaiorquino. E nós fizemos a nossa versão à brasileira.
A intenção nunca foi criar um novo prato, comercializá-lo, descaracterizar a cultura brasileira ou baiana, insultar ou ofender qualquer um. Não foi uma inovação, foi uma experiência entre dois mundos. Fizemos para provar como ficaria a mistura. E o resultado foi um vídeo e um post no Ponto de Chapa.
Fomos convidados a participar da abertura do 3o. SP Burger Fest, em novembro de 2013, e levamos essa experiência recém criada para o evento. E só. Deste então ele nunca mais foi feito por nós.
Entendemos a culinária como experiências, misturas e desconstruções. Tratamos o alimento com máximo respeito. E embora acreditemos que a culinária, assim como a cultura em geral, sofra mutações e adaptações naturalmente, também acreditamos nas instituições clássicas, como o acarajé.
Na linha por nós intitulada “culinária vida loka”, invocamos os princípios de remix e subversão do hip hop para a cozinha. Porém, todos os ingredientes e receitas “sampleados” tem nossa admiração e respeito. Acreditamos nessa menção como uma forma de homenagem.
O Acarajé Burger não é e nunca será uma tentativa de um acarajé gourmet, acarajé popular, acarajé vendável ou qualquer outra coisa. É simplesmente uma experiência realizada por duas pessoas em uma cozinha e registrada em um blog.
Um grande abraço, equipe Ponto de Chapa.
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